segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Enganos



Meus planos, meu mundo, meus vícios. Que faço meu e desejo. Minhas crianças, minhas memórias e lembranças. Meus discos, suas fotos, meus tão indesejáveis vícios. Meus poucos, meus anos, incontroláveis enganos. Sua dança, meu corpo, meus olhos, lembranças. Minhas fotos, suas cartas, minhas juras de amor. Minhas coisas, meus planos, meus tão inegáveis enganos.

Me pegue devagar e me tome pra você. Dilacere-me em pedaços e me guarde num lugar em que você não veja. Me afunde em meu vazio perplexo de suas incertezas.

Meus desejos, meus anos, meus tão fudidos planos. Seu mundo, meus olhos, meus vários enganos. Meus discos, seus vícios, minha forma correta de amar. Meu respeito, seus erros, seu medo de amar. Meus desejos, seu corpo, meus tão incontroláveis anseios. Meus muitos, meus erros, meus tão plausíveis acertos. Seus anos, meus planos, nossos tão incontroláveis enganos.

Me aperte e me sufoque. Tire-me a vida, me faça amar.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Enfim

Eu sai, desci pelas escadas e esbarrei numa lixeira ao passar pela porta. Do lado de fora eu observei. Os carros passavam, o vento sacudia as árvores, crianças sorriam e passeavam de mãos dadas com seus pais. Olhei pra cima e vi um sol mais do que brilhante e amarelo, nuvens brancas e macias que no momento era cortadas por um avião. Respirei fundo, fechei os olhos. Abri.

É...a vida continua, o mundo ainda está rodando.