terça-feira, 7 de abril de 2009

Minha Escolha, Meu final


Você segurou minha mão e disse que se manteria por perto. Você se deitou por cima de mim e acariciou meu rosto com a ponta dos dedos, e me disse que quando eu precisasse você estaria do meu lado. Eu me senti protegido, mesmo estando no lado mais escuro da minha bipolaridade. Você disse o quanto eu era foda e o quanto fui o melhor e mais importante homem que teve na vida. Eu acreditei. Mas se eu pudesse ter caminhado três anos adiante o futuro, e visse que você iria embora em alguns meses preferia nunca ter cruzado o mesmo caminho que o seu. Mas tudo bem, eu não sabia. Eu acreditei.

 

Me sinto tão perdido e sem rumo. Parece que eu preciso de você, mas pra qualquer lado que eu olhe você não está. Você disse que estaria por perto, eu acreditei. Eu me lembro das noites de chuva, do sexo no carro, dos planos, das viagens, dos discos, de tudo. Cadê você porra? Tão longe fisicamente e tão perto dos meus pensamentos, de tudo que eu sou. Sinto falta da sua voz na mesa de bar, da sua forma politizada de entender as coisas, sinto tanta falta de você. Eu realmente acreditei que você se manteria por perto, mesmo sabendo que isso não me faria muito bem. E agora me vejo perdido num vazio de insegurança no qual eu mesmo me joguei.

 

Eu sei que isso pode um dia passar, já houveram sentimentos semelhantes e eles foram resolvidos, absolvidos de continuarem vagando ao meu redor. Mas no momento é assim que eu quero estar, e é assim que eu vou ficar. Quero me lembrar de você o máximo que eu puder antes que você se apague completamente da minha cabeça e suma por ai. Mas por enquanto essa é minha escolha e é assim que vai ser.

 

Ilustração do filme "The Nightmare Before Christmas" Tim Burton